Em 2004, o prémio Nobel de Literatura Günter Grass surpreendeu a opinião pública com revelações sobre seu envolvimento com o regime nazi. A sua autobigrafia, conta que, entre outras coisas, aos 17 anos, foi enviado para Dresden como membro da Waffen-SS, a tropa de elite, a reserva de arianos para o futuro da humanidade.
Günter Grass, guardião da consciência histórica alemã, esteve 60 anos em silêncio. Apetece perguntar: quanto vale a verdade?
Só um um grande Homem cede à consciência de forma tão sonora.
Tenho as minhas reticências sobre ser um grande Homem... 60 anos em silêncio???!! Demorou 60 anos a "ceder à consciência?!Por esta altura a consciência já não devia pesar assim tanto... Acho que foi um bocadinho egoísmo da parte dele: "agora que já estou com um pé para a cova, deixa-me dar uma uma de bonzinho e ver se ainda vou a tempo de ir para o céu!" Mas está bem... não conheço o escritor, talvez me surpreenda... agora quero ler!
ResponderEliminarO maior problema de G. Grass foi ter-se afirmado no panorama da literatura alemã como uma espécie de guardião da consciência alemã, uma espécie de reserva moral.
ResponderEliminarÉ curioso como nunca ninguém se lembrou de o procurar nos registos da SS. Depois da revelação da notícia os jornalistas correram aos arquivos e encontraram a ficha dele. Nada foi encoberto. Simplesmente, nunca niguém pensou nisso...