sábado, 3 de setembro de 2011

Marcos Valle vs. Conjunto Académico João Paulo (1965)





A música na língua de Camões, Pessoa e Machado de Assis é um sem fim de pérolas e contributos para o património da humanidade. Sem preconceitos, seguem dois temas que se ouviam em 1965 no Brasil e em Portugal. Muitos outros se seguirão...

Marcos Kostenbader Valle (Rio de Janeiro, 14 de Setembro de 1943) é um compositor, cantor, instrumentista brasileiro, com uma carreira de sucessos, sendo um deles Terra de Ninguém.


Conjunto Académico João Paulo começou no Liceu Jaime Moniz, na Ilha da Madeira, nos primeiros anos da década de 60 e acabou nos finais da década seguinte. Hully Gully do Montanhês (1965) foi o tema de maior sucesso do primeiro EP a ultrapassar as 10 mil cópias vendidas em Portugal .





Terra de ninguém

Marcos Valle e Paulo Sérgio Valle 


Seu caminho aflito
Leva só saudade
E a injustiça que só lhe foi feita
Desde que nasceu
Pelo mundo inteiro
Que nada lhe deu

Anda, teu caminho é longo
Cheio de incerteza
Tudo é só pobreza
Tudo é só tristeza
Tudo é terra morta
Onde a terra é boa
O senhor é dono
Não deixa passar.


Para no final da tarde
Tomba já cansado
Cai um nordestino
Reza uma oração
Prá voltar um dia
E criar coragem
Prá poder lutar
Pelo que é seu.


Mas...
O dia vai chegar
Que o mundo vai saber
Não se vive sem se dar
Quem trabalha é que tem
Direito de viver
Pois a terra é de ninguém


Hully Gully do Montanhês
Sérgio Borges / Carlos Alberto Gomes


Vim da montanha para à cidade
Só p'ra ver (ah, ah...) dançar (ah, ah...) o hully-gully
Hully-gully
Eu lá no alto não sabia

Que era assim (ah, ah...) que dançavam (ah, ah...) o hully-gully
Hully-gully
Quando voltar p'rá montanha e p'ró meu amor
Hei-de contar que há um mundo melhor p'ra lá
Sou da montanha, fui à cidade
Mas já sei (ah, ah...) dançar (ah, ah...) o hully-gully
Hully-gully
Quando voltar p'rá montanha e p'ró meu amor
Hei-de contar que há um mundo melhor p'ra lá

Sou da montanha, fui à cidade

Mas já sei (ah, ah...) dançar (ah, ah...) o hully-gully

Hully-gully
(...)

Sem comentários:

Enviar um comentário