1.ª edição BIS: Setembro de 2010 (o original é da Campo das Letras, 2005) |
Histórias Falsas para uma tarde bem passada, ou uma noite bem dormida. Disso não tenho dúvidas.
Foi o primeiro livro que eu li de Gonçalo M. Tavares. Não me desiludiu nem surpreendeu, o que é bom, na medida em que as minhas expectativas eram altas (ou não contasse o autor com uma mão cheia de prémios).
Não será certamente o melhor livro do autor, mas foi por aqui que o comecei a ler (tivesse eu mais tempo e dinheiro!). Histórias Falsas é um livro de contos, que nos conta nove histórias falsas... mas encostadas à verdade:
- A história de Julieta, a santa da Baviera
- A história de Lianor de Mileto
- A história de Listo Mercatore
- A história de Metão, o pequeno
- A história dos tiranos
- A história Aurius Anaxos
- A história de Elia de Mirceia
- A história de Faustina, a medrosa
- A história de Arquitas
Mas, para se ter uma ideia da obra, nada melhor do que as palavras do autor, que aparecem logo à cabeça da colectânea de contos, com o título Breve Nota:
Escritas no mesmo período, algumas destas Histórias Falsas foram sendo no entanto publicadas em momentos muito distintos, em revistas portuguesas e numa antologia de contos (Jovens escritores para a nova Europa) publicada em italiano e húngaro.Não são histórias do género fantástico, mas um homem - de há três mil anos - pode nelas utilizar objectos que ainda não existiam.Quando as escrevi o que me interessava era, em primeiro lugar, exercer um ligeiro desvio do olhar em relação à linha central da história da filosofia; por outro lado, tinha curiosidade em perceber o modo como a ficção (verosímil ou nem tanto) se pode encostar suavemente a um fragmento da verdade ao ponto em que tudo se mistura e se torna uniforme.
Gonçalo M. Tavares
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